quinta-feira, 10 de março de 2016

MC GUNNS AGULHA WORD

MC Gunns Agulha Word acaba de lançar seu cd intitulado NOS PRÉDIOS E NAS FAVELAS. Clique aqui e ouça o cd.


Por questão de decência.

Por questão de decência, não me atreverei a amputar de forma transitiva direta, sob quaisquer deformidades exprimidas e acerbidades a parte que, em detrimento rústico, açoita os valores ancestrais em desconformidade de seus valores jabuticabais.

Um ultraje assim penso e destaco o mulato e a mulata defender com sangue e alma os valores de seus escravocratas acordados a seus desejos subterfúgios de clareamento e auto-ódio de sua suposta negrura. Deitam na cama  junto a seus opressores, maquinam e tramam com total má intenção de calar a voz daqueles que lutam árdua e cotidianamente para terem seus direitos garantidos por lei e reparados historicamente.

Lastimável subserviência desses seres café com leite que dão materialidade e alimentam o inimigo. Por questão de decência me diverso a indecência das agruras e obediência cega desses palmiteiros e palmiteiras a serviço de seus algozes.  A cada dia me ressignifico diasporicamente distante desses desumanizados, fortaleço o alicerce da minha identidade de minha Terra Mãe Ancestral África em minha concepção de bem viver.

Por questão de decência, repudio total e veemente qualquer forma de tentar conscientizar esses marmanjos e marmanjas que já estão infectados pelo bichinho do mesticismo, mulatismo, morenismo. Que adentrem para outros arredores e façam a bel-prazer dos prazeres de seus senhores suas macaquices para bem longe e que não se beneficiem dos bônus dos suores de nossas lutas e conquistas. Por questão de decência deixo claro, não luto por qualquer negro e nem por qualquer negra. 4P.

Marcelo Silles

Assistente Social

Exclusivo: MC Soffia questiona padrões de beleza em clipe gravado na Pedra do Sal, no RJ


A rapper mirim MC Soffia, de 12 anos, foi até o monumento histórico Pedra do Sal, no Rio de Janeiro, onde fica localizada uma Comunidade Remanescentes de Quilombos, para o gravar o mais novo clipe dela, da faixa “Menina Pretinha”. Acompanhada por outras crianças, ela reforça a veia de contestação do racismo do seu trabalho, perguntando: “Minhas bonecas pretas, o que fizeram com elas?”
Com direção de Vras77 (Emicida, Inquérito), o vídeo – abaixo – ganha vida nesta quarta-feira, 9, com exclusividade no Sobe o Som, espaço no site da Rolling Stone Brasil dedicado à produção alternativa da música nacional.
“É um monumento muito importante para preservar a memória da comunidade remanescente de quilombos que ocupou aquela área”, diz Kamilah Pimentel, mãe e produtora da cantora, sobre a escolha do local de gravação do clipe. “É berço do samba e referência da cultura negra carioca. Tem história. A história do meu povo. A história que minha filha canta em suas letras.”
“Menina pretinha/ Exótica não é linda/ Você não é bonitinha/ Você é uma rainha”, canta Soffia no refrão, questionando os padrões de beleza e promovendo um desfile de outras crianças negras no espaço. “Meu cabelo é chapado, sem precisar de chapinha.”
“‘Menina Pretinha’ foi uma das primeiras músicas que comecei a cantar”, diz ela, que assina a autoria da faixa com Denna Hill e James Bantu. “Nunca me xingaram de exótica, mas as pessoas costumam chamar as mulheres negras assim. Falam que elas têm uma beleza exótica, mas isso não é um elogio. Eu sei que exótico é bicho. Então, eles querem dizer que as mulheres são bichos? Apesar de nunca terem dito isso para mim, quando eles xingam os negros também estão me xingando.”
“Menina Pretinha” foi produzida por Diamante (com mixagem e masterização de Fernando Sanches, no El Rocha) e já é figura carimbada no repertório de Soffia. A canção deve integrar o primeiro disco da carreira da MC, cujas gravações terão início nos próximos meses.
Conheça o clipe de “Menina Pretinha” abaixo


FONTE:http://rollingstone.uol.com.br/blog/sobe-o-som/mc-soffia-questiona-padroes-de-beleza-em-clipe-gravado-na-pedra-do-sal-no-rj

Viajante Mc lança “Hei Mina”, um trap bem underground


Viajante Mc é um rapper carioca independente que entrou em cena no ano de 2010 e nesse ano de 2016 finalmente mostra o single “Hei Mina“, primeiro do EP “Vim Pra Ficar“, que chega em setembro.
Hei mina” é uma música no estilo trap e underground ao mesmo tempo. Apesar de parecer romântica no início, o som é bastante pesado ao narrar um relacionamento conturbado na cabeça do rapper.

Trecho da música:
Sozinho sinto um calafrio, por um segundo momento de culpa
Outro minuto de incosistência, intolerância da mente confusa
O que que aconteceu? Se me recordo tava tudo bem
Um plano de um bom casal, que no futuro pensava tão bem

FONTE:http://www.rapnacionaldownload.com.br/31620/viajante-mc-lanca-hei-mina-um-trap-bem-underground/

10 anos! LEI DI DAI comemora marca e lança novo álbum cheio de participações de peso! Ouça!



É praticamente impossível desassociar a imagem da cantora Lei di Dai com o movimento dancehall, pois ambos se somaram e se consolidaram, seja com Dai ajudando a cena ou a cena ajudando a Dai. Não à toa ela recebeu a alcunha de "Rainha do Dancehall".

Em cima desta simbiose, Lei di Dai pavimentou os 10 anos de sua carreira solo, e comemorando essa vibe, seu novo disco "‪#‎QUEMTEMFÉTÁVIVO"‬ chega para incendiar a cena. 
(Capa do disco "Quem tem Fé Tá Vivo")


Com produção musical de Drumagick, Gustah Echosound, Vinnieman, Diego Sants (Beatwise), Ricardo Cabes (Track cheio), Rafaela Bad $ista e Kleiton Bassi, a sonoridade não poderia ser outra: PESADA! 

Para fechar forte o time, a rainha convida as feras Jimmy Luv, Marietta Massarock, Fauzi Beydon (Tribo de Jah) e dos Rappers Kamau e Max B.O.. O disco foi gravado na Redbull Station, mixado por Rodrigo Funai e Buguinha Dub, que também assina a masterização. 

FONTE: http://www.surforeggae.com.br/noticias.asp?id=3864

Entrevista: conversamos com Drik Barbosa sobre música, feminismo e preconceito


Vou começar esta matéria dizendo que dia da mulher são exatamente todos os dias. Sim, os 365 dias do ano (ou 366 neste), mas de acordo com nosso calendário, é “celebrado” no mês de Março.
8 de Março de 1857, uma data lembrada por sua luta e seus lutos. Um dia em que mulheres norte americanas resolveram reivindicar em prol de melhorias, decidiram lutar por igualdade, por dignidade e a manifestação foi totalmente reprimida como um grande ato de violência. Hoje, após 159 anos, ainda estamos aqui, batendo de frente com uma realidade e uma sociedade machista que tenta esquecer o real motivo de nossa luta diária.
Eu tive o imenso prazer de conversar com a Drik Barbosa e questionar alguns pontos importantes, principalmente dentro da realidade do Rap, como:feminismopreconceito e o empoderamento da mulher negra.
Drik Barbosa é dona de um dos versos mais pesados e importantes do último ano. Afinal, “quem disse que mina não pode ser sensei?“. A rapper fez seus primeiros freestyles lá na Batalha do Santa Cruz e começou a compor com 14 anos.
Durante um constante período de amadurecimento como pessoa e artista, Drik lançou o single “Deixa eu Te Levar” em 2014. Entre outros projetos, a cantora também colaborou com Emicida na “Aos Olhos de Uma Criança” e recentemente  chegou forte na faixa “Avante“, do DJ Nelz que traz versos também de Karol de Souza, Xará e Kapella.
Leia a entrevista
RND: Recentemente, saíram em alguns sites, matérias dizendo que o Rap nacional  é o gênero musical que mais cresce no Brasil, e consequentemente tem se tornado mais popular, claro, inclusive fora das periferias. Mas sempre existiu um lado negativo com a essa expansão e nosso questionamento foi justamente esse. Como você enxerga a popularização do rap? Esse  crescimento é algo amplamente positivo ou tem suas objeções?
Drik: Acredito que o RAP tenha que estar em todos os lugares sim, dominar as mídias e com isso a mensagem ganha força. Mostramos nossa realidade como realmente é e não como passa nas novelas, nos jornais, onde mostram o nosso povo e a periferia como algo negativo.
Temos que invadir tudo mesmo e fazer ecoar nossa voz por todos os lados.
Quem não usa do Ritmo & Poesia pra passar algo relevante, uma hora é esquecido. Nós que levamos isso a sério, que colocamos nossas visões e sentimentos nas rimas, temos que continuar caminhando e progredindo. Foco no progresso!
RND: A gente sabe que o Rap sempre foi um movimento dominado por homens, fato, mas ultimamente as mulheres tem ocupado e representado muito bem seu espaço, e várias rappers tem ganhado repercussão nacional igualmente aos homens. Como você enxerga o espaço das mulheres na cena do rap nacional atualmente?
Drik: Atualmente estamos ganhando mais visibilidade, mais reconhecimento. Ainda me considero nova na cena apesar de compor canções desde os 14 anos, naquela época já haviam outras MC’s que estavam abrindo os caminhos, cantando na quebrada, pra que nós pudéssemos ter essa visibilidade agora dentro e fora dela. Acredito que ainda falta mais, falta mais oportunidades pra mostrarmos nosso trabalho, falta mais valorização e respeito dos demais, dentro da cena principalmente. Porém, já avançamos muito e acredito que seja só o começo.

RND: Eu acredito que o feminismo seja um dos assuntos mais abordados atualmente entre as mulheres, dentro do Rap principalmente.  Pra ser bem clara e direta sobre o questionamento seguinte, o feminismo  nada mais é  que um movimento político, filosófico e social, que defende a igualdade de direitos entre mulheres e homens, ponto. Como é sua relação com o feminismo, e como enxerga essa relação dento do Rap?
Drik: Conheci de fato o feminismo e o feminismo negro a pouco tempo e logo que conheci me identifiquei e me reconheci feminista, por ter sido educada e ensinada a exigir respeito, impor limites e ser uma mulher independente. Me dei conta de como teria sido ótimo se isso tivesse acontecido durante a minha adolescência, mas tudo tem seu tempo e acredito que por estar mais madura, quanto ao olhar sobre mim mesma e sobre a minha música, esse era o momento certo. Não posso falar em geral, mas o RAP pra mim, é onde me expresso e poder falar sobre o feminismo através de uma letra é uma porta pra que eu possa me comunicar com outras mulheres e homens também, do quão importante é lutar pela igualdade de gêneros.
RND: Cara, Mandume pra mim foi sem sombra de dúvidas foi uma das músicas que eu parei e pensei: “Nossa, essa mulher é foda” e sim, ela é. O refrão dela em si teve um destaque, teve referências pesadas, mais ainda, com certeza fez muito boy parar pra ver que as mina não estão pra brincadeira. Eu senti a força da letra,  eu senti a representatividade feminina, eu senti a importância e a luta da mulher negra, eu me arrepiei.  E minha pergunta é a seguinte: Hoje, através das tuas músicas,  você se considera referência para outras mulheres se posicionarem na sociedade?
Drik: Minha música é reflexo de quem sou, do que eu sinto, do que eu vejo. Acredito que eu possa ser referência pra outras mulheres por passar essa segurança e me expressar dessa forma. Passo mensagens de força e empoderamento nas letras também, é como sinto que posso ajudar outras mulheres no seu processo de auto conhecimento, assim como acompanhar o trabalho de outras artistas têm me ajudado.

RND: De um modo geral, o  preconceito é uma generalização superficial,  mais conhecido como o famoso estereótipo e por mais encoberto que tente ser o preconceito anda estampado na cara de muita gente, pela cor da pele, por orientação sexual e o Rap sempre lutou contra o preconceito racial. Como é ser Mulher, negra e ter voz ativa em meia a uma sociedade preconceituosa?
Drik: É difícil. É resistir e persistir o tempo todo. Eu passei por um processo doloroso desde a infância, até me enxergar de fato como mulher negra e entender de onde eu vim e saber como eu poderia ajudar através da minha música, outras pessoas que estão nesse processo. Na verdade, ainda estou nesse processo, ele é extenso e exige amadurecimento. Sigo buscando conhecimento pra que eu saiba me defender quando preciso, já que a sociedade ataca com racismo e preconceito por todos os lados. Eu sigo tentando extrair o melhor de mim e compartilhando isso com quem se identifica com a minha música.
A rapper está preparando um EP para 2016, que vai misturar R&B e Rap. E enquanto o disco não sai, Drik tem alguns projetos nos quais participa que ainda serão lançados.
2016 é um grande ano pra Drik Barbosa, acompanhe a mina nas redes.
Recado da Drik para as minas:

FONTE:http://www.rapnacionaldownload.com.br/31654/drik-barbosa-entrevista/

Com inédita do Sabotage, Yzalú lança disco “Minha Bossa é Treta” no Dia Internacional da Mulher


Depois de 13 anos envolvida na cena musical, a rapper Yzalú reúne toda sua extensa bagagem musical e aprendizagem de vida, e lança, no Dia Internacional da Mulher, seu primeiro disco, “Minha Bossa é Treta”.
Estou com 33 anos de idade e só agora pude  gravar o meu primeiro disco, economizando cada centavo, fazendo hora extra e uma série de shows para bancar o sonho de ter o meu próprio material de trabalho. Nunca é tarde para tentar viver do que se ama, basta acreditar e não esperar que façam por você, não é? Se há verdade e força de vontade, apenas faça!”, ressalta a artista.
Com 12 faixas produzidas por Marcelo Sanches, “Minha Bossa é Treta” traz referências musicais como o samba jazz, rap, afrobeat e MPB. Além disso, o álbum conta com a participação do rapper Pazsado e inclui uma composição inédita doSabotage, faixa 6 “Figura Difícil“, onde Yzalú explora uma bossa marginal, investindo, apenas, na voz e nos acordes do violão.
Se você é fã de “Nó na Orelha” do Criolo, você se surpreendera positivamente com o primeiro disco da Yzalú. As referencias da MPB se mesclam na lírica áspera do Rap consciente da cantora de uma forma bastante envolvente, sem contar a doçura de sua voz — não é atoa que a família do Sabota concedeu a honra de Yzalú gravar uma letra inédita do maestro. Ouça o disco na íntegra:

Essa é a continuidade de algo que começou em 2003 e representa, com muita felicidade, tudo que eu sou.” conta Yzalú, que descreve seu primeiro álbum como “simples, verdadeiro e intenso”. “Fui dirigida e produzida pelo grande guitarrista Marcelo Sanches, que respeitou e entendeu a minha arte. Os músicos que compõem esse time também são maravilhosos, como é o caso do percussionista e cantor Gustavo Da Lua (integrante da Nação Zumbi) e da baterista Bianca Predieri. Estou muito satisfeita com o resultado, dei o meu melhor e espero que o público consiga perceber isto” finaliza.
O projeto foi lançado de forma totalmente independente. Então fortaleça a mina seguindo-a em suas redes e faça um favor a seus ouvidos baixando o projeto gratuitamente por aqui.

A capa do álbum chamou a atenção na internet por Yzalú exibir pela primeira vez a prótese que tem na perna esquerda. A rapper disse ter escolhido a foto para expor uma realidade ainda sem voz no Brasil. “Segundo os últimos dados do IBGE representa quase 25% da população brasileira”, afirma Yzalú sobre a número de pessoas com deficiência física.
FONTE:http://www.rapnacionaldownload.com.br/31673/yzalu-lanca-minha-bossa-e-treta-disco/