quinta-feira, 14 de abril de 2016

Precisamos repensar a militância preta.

Por: Bruno Rico

É preciso falar de alguns pontos que não são muito comentados dentro da militância social e, principalmente, dentro do movimento negro; é preciso colocar o dedo em algumas feridas.
Precisamos repensar a militância negra como um todo, e não estou falando de copiar exemplos bem sucedidos dos norte-americanos ou de outros irmãos pretos, estou falando de adaptar a nossa causa dentro dos nossos problemas, criar algo que permeie a nossa realidade.
Eu nunca saí do Brasil, mas sei que a realidade deste país-continente é única, suas peculiaridades territoriais, históricas e sociais constituem uma nação que precisa ter seus próprios métodos particulares de ativismo, e é isso que está faltando para nós!
Pense como seria ótimo se aqui no Brasil nós tivéssemos tido um Malcolm X, um Nelson Mandela, um Reverendo Martin Luther King, um pensador como Marcus Garvey, uma guerreira como a Rosa Lee Parks, um lutador-ativista como Muhammad Ali ou uma cantora-ativista como Nina Simone; não seria incrível? Pois é, seria, mas não tivemos. Infelizmente essa é a nossa realidade e precisamos encarar essa lacuna do nosso país, que por sinal diz muito a respeito do seu racismo institucionalizado, que fez com que os pretos não tivessem ídolos próprios, e ainda por cima fez com que estes mesmos pretos fossem tão alienados ao longo de todos esses anos.
Sabe aquele lance de congelar corpos humanos? Pois então, isso se chama criogenia, e analisando friamente a nossa história, parece que a maioria dos pretos deste país sofreu criogenia durante todo esse tempo, foi assim com minha mãe, minha avó, minha bisa e assim por diante. Mas a hora de ser descongelado chegou, porém precisamos de algumas adaptações urgentes para que a militância passe a ter realmente o efeito esperado.
Eu vou morrer dizendo que o movimento negro brasileiro precisa adentrar nas favelas, morros e periferias deste país, é lá que está o nosso público alvo! É lá que mora o genocídio que assola o nosso povo todos os dias. Mas muitos ainda preferem os debates acadêmicos, com citações de personalidades que o preto pobre sequer sabe quem é, pois na escola dele não deram isso, daí o entendimento fica totalmente desconexo. Mas sabia que tem muito preto militante que não gosta ou tem medo de militar e entrar em favela?
Pois é, cada dia eu ando conhecendo mais destes seres. Eu acho isso um absurdo, pois quando assimilamos o medo do branco elitista, é sinal de que a luta precisa ser revista urgentemente.
Eu sou morador de um morro aqui no Rio de Janeiro, esse mês mesmo morreu uma criança preta baleada com um tiro no peito, e cadê os movimentos? Não vi ninguém. Já cansei de dizer: se você tiver um movimento e quiser colar aqui na área, é só dar um alô, a massa da favela precisa urgentemente disso.
A partir disso eu já vi gente se desculpando e dizendo que o favelado não precisa de ajuda, que ele pensa por si só e que é mais fácil aprender com eles do que lhes ensinar algo. De fato o favelado é um ser extremamente sábio e altamente adaptável às mazelas da vida que lhe foi imposta, mas assim como qualquer grupo social, ele também precisa de referências, precisa de exemplos, de conhecimento, de base política, de direcionamento; do contrário ele vai seguir ateando fogo em ônibus quando algum dos seus morrer, e ainda vai achar que isso realmente vai mudar algo no seu cotidiano, e a sociedade raivosa vai continuar gritando que na favela só tem marginal.
A situação é extremamente grave, os pretos precisam se unir (de verdade), deixar de caluniar o outro que ganha mais destaque político que ele, deixar de sabotar o ato do irmão preto por puro egocentrismo. Aliás, essa é a palavra chave: Ego. Precisamos nos despir de nossos egos e entender que a nossa causa sempre vai ser coletiva e nunca individual, e o principal: entender que a nossa militância está cheia de falhas e isso precisa ser falado e mudado. Juntar vários pretos pra eleger um preto ou uma preta em um concurso de beleza é mole e é extremamente válido, mas também precisamos ir para o campo, praticar o olho no olho e juntar os pretos para invadir os guetos e mostrar para aquela criança preta – que ainda segue sem brinquedo e sem esperança – que ela pode ser um adulto próspero e aguerrido, pois ela vai ter em quem se espelhar. Mas essa criança precisa nos ver, nos sentir; seus pais também precisam entender que não estão sozinhos, a massa precisa entender que vai chegar um dia em que um preto vai cair e todos irão se levantar por ele; isso não é utopia, mas para chegarmos lá vai ser preciso muita autocrítica antes de tudo isso. Eu estou disposto, você está?
Esse texto pode ter parte 2, 3, 4 e por aí vai, pois o assunto é deveras extenso e complexo, todavia é extremamente necessário.

Nós por nós, sempre!
FONTE:https://afro21.wordpress.com/2016/04/14/precisamos-repensar-a-militancia-preta/

Wakaliwood: Conheça a incrível indústria de cinema nascida na favela de Wakaliga, no Uganda

Isaac Nabwaana é o fundador de Wakaliwood.
As definições de amor ao cinema foram atualizadas. Isso aconteceu quando um grupo de moradores da favela de Wakaliga, na capital do Uganda, se uniu — a despeito de todos os problemas que os cercam — e decidiu fazer arte. A sétima arte.
Um belo dia, o criativo Isaac Nabwana decidiu ser cineasta. Isso aí, cineasta, do nada. Pegou uma câmera usada, um computador montado de peças velhas, recrutou sua mulher, filhos, vizinhos e deu asas ao seu grande sonho. Alguns anos e mais de 40 filmes depois, o diretor já virou biografia norte-americana que documenta a sua proeza: erguer do nada, sozinho, uma nova indústria cinematográfica. A incrível Wakaliwood.
"Há tantas histórias no Uganda que são virgens, ninguém nunca realizou ainda", conta Isaac, fundador da admirável Ramon Film Productions. Sua ênfase à originalidade não é à toa. Da limitação de recursos, o cineasta autodidata encontra uma infinidade de maneiras, únicas, de transformar em filme o que sua imaginação projeta. O povo de Uganda visita Nova York, verte o Big Ben em jato, sobrevoa o Cristo Redentor, tudo através de colagens amadoras, sem nenhum filtro artístico pré-estabelecido, que transforma suas limitadas produções em algo único e muito divertido.
Ação é o gênero predileto em Wakaliwood, e onde se encaixa a obra seminal de Isaac Nabwaana, Who Killed Captain Alex?. Efeitos especiais caseiros, artes marciais inspiradas em filmes de Kung Fu com Chuck Norris, captação de som e imagem no improviso, tudo se funde ao ideal de cinema de seu criador: "Combinar a cultura do Uganda com a cultura dos western e dos [filmes] chineses", resume Isaac, mostrando que sabe bem o que quer, e que consegue o que quer. Basta conferir os trailer de seus filmes (ou eles inteiros) e ver que está tudo ali, à sua maneira.
E se engana quem pensa que Isaac Nabwaana se acomoda em suas limitações — ou que a admiração por seu trabalho reside apenas numa visão lúdica do fazer cinema de modo independente. Do nascimento de Wakaliwood, em 2009, ao filme Ani Mulalu (Crazy World), de 2015, nota-se uma clara evolução no cinema do Uganda. E um objetivo.
De modo colaborativo, os moradores de Wakaliga estão utilizando uma experiência de vida única, muito dura, para se inspirar, se unir e desenvolver uma verdadeira indústria de cinema, séria. Assim, eles estão desenvolvendo a sua arte, criando os seus próprios ídolos (Uncle Benon incorpora "Bruce Yu: o Bruce Lee do Uganda" ao ensinar artes marciais às crianças) e erguendo Wakaliwood como algo que vai muito além do entretenimento — como uma alternativa, uma esperança, uma nova realidade.
Veja você mesmo as imagens de Wakaliwood, e se encante com a criatividade dos moradores de Wakaliga. A essência do cinema, como não se vê muito mais por aí.
FONTE:http://www.msn.com/pt-br/cinema/galeria/wakaliwood-conhe%C3%A7a-a-incr%C3%ADvel-ind%C3%BAstria-de-cinema-nascida-na-favela-de-wakaliga-no-uganda/ss-AAgJdFA#image=1

Aimé Césaire – Discurso sobre o colonialismo

Download do Livro (Aimé Césaire – Discurso sobre o colonialismo)


Beatriz Cerqueira: Acordo golpista de Temer-Fiesp-Skaf destruirá direitos dos trabalhadores


Quem pagará a conta do Golpe?
 por Beatriz Cerqueira, especial para o Viomundo
Somos bombardeados com textos, avaliações, enfim, tantas informações que às vezes deixamos passar questões essenciais. O discurso de Michel Temer me alertou quando ele fala sobre um “acordo entre trabalhadores e empresários”. É preciso dizer claramente o que será o golpe na vida das pessoas comuns, caso ele seja aprovado. O que seria este “acordo” proposto pelo vice-presidente.
Na minha vida de professora da rede pública, o golpe se materializará no recuo da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional. O PSDB já deu provas de que é contra a política de Piso, só lembrar de como Aécio Neves tratou a questão quando foi governador de Minas Gerais. Com um Congresso golpista será questão de dias até o fim do Piso Salarial. Também será o fim do investimento mínimo de 25% dos impostos em educação. Cada governo investirá o que quiser, sem pressão ou fiscalização. Já tem projeto de lei sobre isso no Congresso Nacional. Esqueçam  os 10% da riqueza produzida no país sendo investidos em educação. Não só não haverá investimento como viveremos uma onda de privatizações na educação básica pública.
Na universidade, encontramos uma turma achando que é bolsista só por mérito pessoal. Mas as cotas, Prouni, expansão do número de vagas, tudo isso aconteceu porque houve política pública. Foram opções do governo. Michel Temer não terá as mesmas opções. O dia seguinte ao golpe será o primeiro dia da privatização das Universidades Federais e dos Institutos Federais. O Secretário de Educação do Estado de São Paulo já disse que não se deve investir dinheiro público na educação. Deixa para o mercado. Privatização a vista!
Minha avó, assim como milhares de trabalhadores informais, era assistida pela Previdência Social. Isso será coisa do passado. A grande pressão é pela privatização da Previdência, área muito lucrativa para o mercado, que inventa que nas mãos do poder público é deficitária.
O mundo do trabalho também não será o mesmo. Para que uma hora de almoço se você pode comer em 15 minutos? Este é o pensamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional em que o negociado irá prevalecer sobre o legislado resolverá isso rapidamente.
Como também será dado o sinal verde para a terceirização sem limites. Para que concurso público se fica mais barato terceirizar? Para que investir em empregos de qualidade para a juventude se ela será terceirizada? Adoeceu, demite. Reclamou, demite. Morreu, só colocar outro no lugar. O Congresso cuidará de aprovar lei que proíbe até que o trabalhador recorra à justiça para tentar garantir seus direitos além da redução de jornada com redução de salário, imposta pelo patrão e aprovado pelo mesmo Congresso que votará o golpe.
O Sistema Único de Saúde (SUS) será privatizado.O projeto de lei para cobrar pelos serviços prestados já está em tramitação no Congresso Nacional.
Trabalhadoras domésticas com direitos? Coisa do passado. Se pudesse, a elite restaurava a escravidão no Brasil. Como não pode, cuidará de retirar seus direitos. O Congresso aprovará leis modificando o conceito de trabalho análogo a escravo. O projeto já está lá. Esperando o momento propício para votação e aprovação!
Empresas públicas para investimento em políticas como moradia, crédito para os pobres serão coisas do passado. O que o Fernando Henrique Cardoso não conseguiu privatizar, o Temer o fará, vendendo a preço de banana o nosso patrimônio. Não teremos o Estado investindo em políticas públicas.
Isso tudo a grande imprensa não vai mostrar, mas foi esta pauta de retrocessos que os 38 deputados aprovaram ao definirem pelo impeachment da presidenta Dilma.
Seremos nós trabalhadores e trabalhadoras que pagaremos a conta deste golpe!
Beatriz Cerqueira 
Coordenadora-geral do Sind-UTE/MG e presidenta da CUT/MG
FONTE:http://www.viomundo.com.br/denuncias/beatriz-cerqueira-o-que-acontecera-aos-trabalhadores-no-dia-seguinte-ao-golpe-de-temer-congresso-patronal-e-entreguista-fiesp.html

Ouça “AR-15”, o ‘trap das armas’ do insano Funkero


Hoje o rapper Funkero soltou mais um single do aguardado disco sucessor do “Em Carne Viva“. A nova música leva o nome do potente “AR-15“, fuzil também conhecido como “M16” utilizado pelo exercito dos Estados Unidos.

A instrumental é do NOX — produtor recorrente no disco Se7e, do Ber. O som fala das armas e crime no Rio de Janeiro, e vem com tudo que um bom trap obscuro precisa: peso no beat, levada bem encaixada e ideias cabulosas que não podem ser mostradas na grande mídia.


A mixagem e masterização é de Daniel Sydens. O álbum “Psycho” segue sem data de lançamento.

Trecho da música:
Isso é RJ, parece Oriente Médio
Chovendo trassante, cortando prédio
Colete estraçalha, bala de 
titânio
Um tiro, uma morte, óbto é instantâneo

FONTE:http://www.rapnacionaldownload.com.br/33125/funkero-ar-15-psycho-musica/

25 Privilégios de que Brancos usufruem simplesmente por serem Brancos


Reconhecer os próprios privilégios é o primeiro passo para entender sistemas de opressão e lutar contra eles.



Das muitas coisas que me reviram o estômago de desgosto e frustração todos os dias, ter homens constantemente questionando e ridicularizando as minhas experiências como mulher em um mundo machista está bem próximo do topo da lista.


Hum, me fala mais sobre como você, homem que nunca precisou se preocupar com a possibilidade de assédio e estupro ao sair na rua, não acredita que o problema de violência sexual contra mulheres é tão grave assim.

“Vitimista” costuma ser o xingamento preferido desses homens, que sem conhecimento de causa classificam os obstáculos e violências de que somos vítimas como invenções ou exageros. É uma forma de tentar nos calar, mas também de se proteger. Afinal, ao ridicularizar o papel da vítima, eles se veem livres da responsabilidade de assumir que usufruem de uma série de privilégios que lhes são garantidos simplesmente por serem homens.
O reconhecimento pleno e completo desses privilégios lhes mete muito medo. Uma porque ao fazê-lo, o indivíduo inevitavelmente precisa se reconhecer também no papel de opressor/agressor. E outra porque a partir desse reconhecimento não há mais justificativas para não iniciar um processo de mudanças profundas em termos de comportamentos, atitudes e visões de mundo (a não ser que você seja um babaca, é claro). Porque esses dois desdobramentos podem ser profundamente dolorosos, muitos homens se acovardam e optam por negar seus privilégios, utilizando-se deles, ironicamente, para descreditar as palavras, pensamentos, testemunhos e experiências de mulheres.
É um mundo muito doido.

Algo muito similar acontece entre brancos em relação ao racismo. Assim como no caso do machismo, ao negar que existe racismo essas pessoas se veem livres da responsabilidade de lutar contra ele e de reconhecer que muitos dos privilégios de que usufruem por serem brancas lhes são dados em detrimento de pessoas negras. Elas não querem se reconhecer como opressoras nesse sistema, por isso descreditam as palavras, pensamentos, testemunhos e experiências de pessoas negras (ironicamente, utilizando-se de privilégio branco, assim como os machistas utilizam o seu privilégio patriarcal contra as mulheres).
Os exemplos de brancos que negam que têm privilégios são vários. Normalmente, eles o fazem quando a discussão gira em torna de políticas sociais que beneficiam pessoas negras, como se elas estivessem recebendo coisas de mão beijada, enquanto os brancos, pobrezinhos, precisam ralar para conquistá-las. Infelizmente, eles não conseguem enxergar como os brancos se beneficiam de várias formas pelo simples fato de serem brancos.
“Affe! Nasci pobre, fodido, já passei fome, ralei três empregos ao mesmo tempo pra conseguir estudar e sou branco! Nunca tive privilégio nenhum!” – alguém aí está dizendo.
Pois é, o que é urgente que as pessoas entendam é que o racismo garante a opressão, a pobreza e a privação de direitos dos negros. Ele não tem pretensão nenhuma de melhorar a vida de brancos. Como muito bem disse o jornalista Touré“Só porque alguém não conseguiu capitalizar com sua vantagem, não significa que a pessoa não a tenha. Se você perde um jogo em casa que já começou com dois pontos de vantagem para o seu time, isso não apaga o fato de que você começou na frente”.Um país pode ter brancos e negros igualmente miseráveis, mas o racismo é um agravante que vai fazer com que seja muito mais difícil para os negros deixarem de ser miseráveis. Não é a toa que a maioria dos pobres no Brasil são negros

Mas que privilégios são esses de que os brancos usufruem, você pergunta? Ora, eu fiz uma listinha! Mas lembre-se: o objetivo aqui não é ficar se sentindo culpado, mas sim se tornar consciente e, consequentemente, um agente de mudança. Afinal, não fomos nós que começamos essa história toda, mas a culpa é, sim, toda nossa, se nos recusamos a abrir os olhos para o fato de que ela ainda não acabou.

25 Privilégios de que Brancos Usufruem Simplesmente por Serem Brancos


1 – Eu não preciso pensar no que significa para mim e para a minha família a estatística de que 77% das vítimas de assassinato no Brasil são negros.
2 – Não preciso ter medo que meu filho corra o risco de ser uma das 28 crianças e adolescentes que são assassinadas todos os dias por policiais no Brasil.


111 – CENTO E ONZE – tiros de fuzil e pistola, disparados por policiais militares, contra 5 – CINCO – jovens desarmados, felizes, comemorando o primeiro salário de um deles em uma agradável noite na cidade maravilhosa. O genocídio de jovens negros no Brasil é real.

3 – Tenho certeza de que ganho o mesmo tanto do que a minha colega branca ganha e não a metade.
4 – Não preciso me preocupar se o meu cabelo ou a cor da minha pele vão me impedir de conseguir um emprego.

5 – Não preciso pensar no que significa para mim a informação de que o assassinato de mulheres negras aumentou 54% na última década. Ou de que mulheres negras tem três vezes mais chances de serem estupradas do que mulheres brancas.
6 – Se eu me mudar para um bairro rico, não preciso me preocupar se os vizinhos vão ser desagradáveis comigo e com a minha família.
7 – Se o meu filho estudar em uma escola particular, não preciso me preocupar se ele vai ser discriminado por ser o único branco da turma.

8 – Ao ligar a TV, ler uma revista ou assistir um filme, as pessoas que vejo retratadas têm a mesma cor de pele que eu.
9 – A História que eu aprendi na escola é a História de um povo tem a mesma cor de pele que eu.
10 – Todos os heróis, inventores, estudiosos, cientistas, guerreiros que aprendi na escola têm a mesma cor de pele que eu.
11 – Todas essas histórias com protagonistas e heróis brancos fortalecem a minha autoestima e o meu senso de importância na sociedade.
12 – Posso emitir minha opinião sobre diversos assuntos sem me preocupar com a possibilidade de ser vista como uma representante de toda a minha raça.

13 – Se eu conseguir um emprego muito bom, não preciso temer que as pessoas pensem que eu consegui a vaga não por competência, mas para cumprir cotas.
14 – Eu posso falar que fiz faculdade com a certeza de que as pessoas não vão achar que roubei a vaga de alguém mais competente.
15 – Eu posso andar na rua à noite sem fazer com que as pessoas apertem o passo ao me avistarem.
16 – Eu não me preocupo quando passo por um bloqueio policial, pois sei que não tenho o perfil que os policiais automaticamente consideram suspeito.

17 – Eu posso resolver me tornar médica sem me preocupar se os pacientes vão pedir por outro médico quando me encontrarem.
18 – Posso ser mal-educada, ignorante, ir mal na escola, deixar a desejar na higiene pessoal, sem que essas características sejam associadas à cor da minha pele e automaticamente atribuídas a todas as outras pessoas de pele branca.
19 – Se eu trançar o cabelo e fizer tatuagens mil, as pessoas podem me considerar estilosa, criativa, artística, meio doidinha, mas dificilmente uma “marginal”, “cabelo ruim”, “baderneira” ou “parasita social”. 
20 – Nunca passei ou me preocupei em passar pelo constrangimento de ter namorados com medo ou vergonha de me apresentar para suas famílias.
21 – Não preciso ter medo de passar pelo constrangimento de ser confundida com a babá de meus próprios filhos. 
22 – Se eu fosse uma criança órfã, teria mais chances de ser adotada do que uma criança negra. 
23 – Se eu entrar sozinha em uma loja, dificilmente vou ser monitorada ou acusada de tentar roubar alguma coisa. 
24 – Posso dirigir um carro muito bom e ter a certeza de que as pessoas não vão achar que é roubado ou que eu fiz alguma coisa ilícita para comprá-lo.

25 – Posso me dar ao luxo de me afastar da discussão sobre o racismo quando ela fica desconfortável demais.




FONTE:http://www.geledes.org.br/25-privilegios-de-que-brancos-usufruem-simplesmente-por-serem-brancos/?fb_ref=a08f16b950084aa4be4a37a287e8e6ea-Facebook