quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Aos 12 anos, menino de Perus publica livro de poesia sobre história negra no Brasil

“Existe uma história do povo negro sem o Brasil, mas não existe uma história do Brasil sem o povo negro”. O trecho acima é parte de um dos poemas que integram o livro “A poesia corre em minhas veias”, lançado pelo poeta mirim Wesley Carlos Soares, 12.
Morador de Perus, região noroeste da capital paulista, o garoto se aproximou da poesia por meio da disciplina de história ainda quando estava no 5º ano do ensino fundamental, em 2015, em uma escola pública de seu bairro.
“A professora de história, Rosálio, pediu para fazer uma poesia de cordel e depois não parei mais”, conta o poeta, que impressiona com textos que tratam sobre genocídio da juventude negra, religiosidade e a importância da ancestralidade africana, como o poema completo, abaixo:
A favela pede paz
Existe uma história do povo negro sem o Brasil,
mas não existe uma história do Brasil sem o povo negro.
Genos, povo, raça, tribo, a destruição de um povo de uma nação.
Não queremos viver só chorando em cima de um caixão.
Ver negros, jovens de periferia estirados naquele chão.
Mas o pensamento da polícia é, se o negro correr, ele é ladrão.
77% das mortes de negros crescem a cada dia e o que a polícia diz:
– Eu não sabia.
Mas cansamos dessa vida.
Temos que ser capaz.
A favela pede paz!.

Para a produção do livro, Wesley contou com o apoio de seu irmão, Willian Soares, e da diretora da Biblioteca Padre José de Anchieta, Beth Pedrosa. “Eu nem sabia que poderia digitar e imprimir a capa. E saiu tudo muito ‘daóra’. Foi novo, pra mim, ver a capacidade para montar um livro”.
O menimo, que ainda gosta de brincar de esconde-esconde com seus amigos, sonha em, um dia, se tornar professor de história.
“Quando eu crescer quero ser professor de história, porque fico vendo nos livros alguns assuntos que ninguém nunca entendeu direito, aí eu vou lá e faço uma poesia como se fosse um resumo, um improviso. Eu acho que posso incentivar outras crianças lendo poesias para elas, ensinando a verdadeira história e ajudando no processo de desconstrução [dos preconceitos].”

Atualmente, Wesley integra o coletivo artístico e independente Afronte Empodere-se, fundado pelo irmão Willian em 2016, e tem como objetivo o empoderamento de pretos e pretas da periferia por meio da moda.
“Para o Wesley, assim como todo o restante do grupo, foi uma vivência muito bacana, de desconstrução e construção da identidade de nós mesmos. Desde o nosso primeiro evento o Wesley tem participado com poesia e percebo que cada vez mais ele escreve sobre os negros. Ele faz parte do Centro da Criança e do Adolescente (CCA), onde ele pode servir de inspiração para outros jovens como ele, mostrando que podem lançar um livro.”
O livro “A poesia corre em minhas veias”, impresso em papel reciclável, traz 15 poesias e custa um valor simbólico de R$ 2, que é para colaborar na impressão de novos exemplares para o poeta continuar apresentando seu livro em saraus pelas periferias de São Paulo.
FONTE:http://mural.blogfolha.uol.com.br/2017/12/12/aos-12-anos-menino-de-perus-publica-livro-de-poesia-sobre-historia-negra-no-brasil/?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=compfb

Rap Plus Size - O Pano Rasga [Clipe Oficial]

CRIADOR DO PORTAL RAP 24 HORAS TAMBÉM FEZ COMENTÁRIOS MACHISTAS E RACISTAS NA INTERNET: “NÃO CONFIO EM NEGROS”

FORAM ENCONTRADAS MENSAGENS ONDE ELE MOSTRA “COMO SE DEVE BATER EM UMA MULHER” E DIZENDO “SIM AO PRECONCEITO”

O Hip Hop só existe como tal por causa dos negros e da cultura afrodescendente, a música de uma maneira em geral foi e continua sendo uma maneira de resistir e se opor ao sistema racista de ontem, hoje e sempre, porém até mesmo no meio da música sendo artista ou mídia, existem pessoas preconceituosas e racistas.
Recentemente, vimos o caso dos rappers Raffa Moreira e Delatorvi contra o Youtuber Bruno Fabil, os artistas divulgaram uma série de prints de posts do Youtuber fazendo piadas racistas em sua conta no Twitter, e isso gerou um grande debate. O interessante é que nenhum portal de Rap deu atenção sobre o assunto e se quer fizeram uma nota, agindo como se isso fosse algo bastante normal, mas não é e nunca vai ser.
Com o questionamento de leitores sobre atitudes machistas de um dos maiores sites de rap no Brasil, Portal Rap 24 horas, fizemos uma pesquisa para entender melhor o que estava acontecendo, e depois de saber como funciona o sistema usado no site em questão decidimos denunciar o dono do portal, mas para entender melhor o contexto de tudo isso você terá que compreender toda a história que iremos contar abaixo.
Com mais de 350 mil seguidores no Facebook, o Portal Rap 24 Horas é um dos pioneiros no quesito no país e é um dos sites mais lembrados pelos fãs e rappers. Apenas no período entre Setembro a Novembro, o Rap 24 Horas teve mais de 1 Milhão e 300 Mil de acessos, contra menos de 500 Mil do site Rap Nacional Download por exemplo, uma média de pouco mais de 460 Mil por mês.
Na página “Sobre nós” no site em questão, podemos encontrar os nomes dos membros do site que são, John Lavorato, Caio Lavorato, Lucas Rodrigues e Matheus Soares.Sendo o Criador/editor Chefe, editores e Pesquisador de conteúdo respectivamente.
Apesar de sabermos de outras ocasiões quem era de fato o criador do Rap 24 Horas, fomos atrás de John Lavorato e constatamos que ele não existe, por isso nossas buscas sobre quem era o verdadeiro dono do site foram voltadas para um conhecido de uma comunidade que nós membros do Rap + participávamos, Bruno Guerra. 
Fazendo uma pesquisa no Whois (Site que mostra quem são os donos dos domínios da internet) encontramos Bruno de Oliveira Guerra, mesma pessoa que conhecíamos e divulgava o site nas redes sociais. Fomos atrás do perfil dele e percebemos que nossas contas tinham sido bloqueadas por ele no Facebook. Isso foi ocasionado depois que questionamos em sua página sobre diversas matérias que fizemos com exclusividade e que foram replicadas por eles sem os devidos créditos, como você pode ver aqui
O portal nunca nos respondeu ou tentou resolver o problema de maneira pacifica, como nos dando os devidos créditos por exemplo, e sim nos ameaçou e continuou copiando nossas matérias, noticias, fotos e videos de maneira descarada. Por isso, continuamos tentando descobrir mais sobre Bruno para tentar conversar com o mesmo e resolver nossas diferenças. Mas acabamos nos deparando com algo muito pior do que copiar conteúdo.

Até então já suspeitávamos que John Lavoratto, um suposto “Jornalista” de 27 anos nunca existiu, e na verdade o jovem Bruno Guerra de São Paulo é quem estava por trás do Portal em tempo integral fazendo as postagens junto com outros colaboradores. Pelos textos publicados já percebíamos que a pessoa por trás do Portal não tinha o mínimo de entendimento sobre a ética jornalistica, que segue um conjunto de normas e procedimentos éticos que regem a atividade do jornalismo. Bruno Guerra não deve nem se quer imaginar o que é isso pelas diversas atitudes que vem apresentando também contra o Rap+.

MACHISMO E RACISMO DO FUNDADOR DO RAP 24 HORAS

Há alguns meses, saiu a notícia do vazamento do boletim de ocorrência da ex-namorada do rapper XXXTENTACION, no boletim ela relatou com diversos detalhes horríveis sobre o que passou quando estava com o rapper, e o Rap 24 Horas publicou a matéria “defendendo” o rapper, o que ocasionou uma chuva de críticas nos comentários, até que posteriormente eles tiveram que alterar a matéria.

Essa não foi a primeira e nem a única vez que o portal defende artistas, se você acompanha a página já deve ter visto isso, porém muitos fãs da página (não de rap) simplesmente ignoram todas essas atitudes e quem não ignora é silenciado pela página.
Dando uma pesquisada no Twitter de Bruno Guerra, o dono do Portal Rap 24 Horas, encontramos algumas mensagens antigas onde ele mostra atitudes racistas e machistas,  onde podemos ver entre outras coisas ele dizendo que “não confia em negros”, além de postar um vídeo do rapper Lil Reese brigando com uma mulher com a legenda “Como bater em uma mulher”.
Aguardamos uma resposta de Bruno Guerra sobre seus comentários e esperamos que admita seus erros e que no mínimo se desculpe a todos, não existe espaço principalmente na comunidade do Hip Hop para pessoas desse tipo. Vale ressaltar que todas as provas colhidas que temos e as que colocamos aqui foram enviadas para oMinistério Público do Rio de Janeiro.
Todas as mensagens você pode pesquisar e ver com seus próprios olhos no Twitter de Bruno Guerra clicando aqui (Antes que ele apague) ou pelos prints abaixo clicando na imagem.
Confira e tire suas próprias conclusões sobre tudo isso.
Atualização: Após a publicação da matéria Bruno Guerra excluiu seu Twitter.



FONTE:https://rapmais.co
m/blog/2017/12/13/portal-rap-24-horas-e-comentarios-racistas/